O homem entregou ao garoto uma pá com terra, para que ele depositasse sobre o caixão da avó. O menino respirou fundo, sua face revelou o choro que viria. Diante da situação, sua mãe lhe tocou o ombro delicadamente. – Não chore – Ela disse, enfaticamente.
Não chore por quê?
Chora sim! Não é vergonha mostrar ao mundo as suas dores, aflições, medos e frustrações.
Chora de todo o seu coração, do fundo da sua alma,
expurga tudo o que te paralisa,
te fere e causa dor.
Chora até soluçar, o rosto avermelhar e não ter mais lágrimas.
Que o teu pranto seja a chuva de um dia de verão,
a tua pele o céu, e as lágrimas as gotas.
Intensa e passageira.
Depois respira fundo,
respira fundo mais uma vez,
e mais uma.
Seca o rosto e segue em frente.
De cabeça erguida.
Rumo ao que te faz sorrir.
um eremita moderno 